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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Parte IV: Viajar, maternar, vencer

(Feliz sete meses, filha)

O sossego da alma. Novamente estou dentro de um ônibus, na estrada, viajando para algum lugar. Perto ou longe, não importa muito. O importante é viajar. Quando me vejo no reflexo da janela, uma surpresa: tenho um bebê adormecido no meu colo. 

 Há dois anos, num exato outubro, fiz minha primeira viagem com o Guilherme. Fomos para Búzios. Comemos bem, bebemos bem, curtimos Geribá, a Rua das Pedras, o hotel. Somos seres ritualizados. Combinamos que em outubro de 2016 estaremos no mesmo hotel pela terceira vez. 
Amo viajar. Preciso. Vivo num ideal de viajar o bastante para que se torne um hábito e pouco o suficiente para que nunca se perca a emoção. Entretanto, quando engravidei, de novo me disseram que eu não viajaria de novo. Ou tão cedo. Eis. 
Mal posso acreditar que cumpri mais esse âmbito. Aos pessimistas: descobri que não era nada daquilo que vocês diziam. A coisa boa de ter filho (diferente de ter pai, mãe ou marido) é que o filho é COMPLETAMENTE adaptável a mim, ao meu estilo de vida, aos desejos e experiências. Se eu quiser viajar com a minha filha, assim será. 
 Descobri que a minha primeira viagem foi aos 3 anos. Minha mãe ainda disse que eu era corajosa de viajar de ônibus com um bebê de seis meses. Ué! Você só se torna corajoso quando alguém diz que não faria o que você faz.



E como foi? Bom, foi...diferente! Claro que dá mais trabalho do que somente viajar. Pensa-se em alimentação, sono do bebê, se o bebê tá feliz ou incomodado, se está ventando, se está muito sol....... mas foi bem divertido. Ligados o tempo todo (é, não relaxamos tanto), mas felizes. Stella foi de ônibus na ida e na volta e dormiu o tempo todo (nossa grande preocupação era o ônibus), foi à praia, passeou de dia e de noite, esteve conosco nos almoços e passeios. Fomos em trio (eu, minha mãe e Guilherme) justamente para formar pares enquanto o outro estava com a Stella; assim, o casal até conseguiu jantar sozinho (!).  Tudo certo.
 Para ela... tanto faz, desde que esteja de barriga cheia e com o soninho em dia.

 Fiquei muito feliz de ter pensado na viagem, de tê-la promovido e de finalmente ter ido. Foi melhor do que a gente pensava. Stella já tem outras viagens marcadas e vai ser outra viajante - 
como a mãe.